Mostra |
[jan. 12-a, 2006|10:56 pm] |
[ | Nuna humoro |
| | bouncy | ] | — Mostra lá, — o assédio tinha começado na mesa principal ao pé dos rissóis de camarão. Tinham chegado àquele ponto de qualquer festa de casamento em que os níveis etílicos começam a toldar as ideias dos convivas e se começa a sentir uma disposição invulgar para fazer coisas que habitualmente não se fariam. O que não era o caso, pois há pelo menos seis meses que a feliz noiva, sentada algures num canto a esvaziar a terceira garrafa de champanhe com as amigas, dividia a posição de “mulher da vida dele” com a proprietária do melhor par de mamas do salão. — Mostra-mas. Que mal tem? Prometo que não te toco. — Não. Já chega. — Porquê? Não mudou nada, — disse ele, testando a sorte. — Achas que não? — respondeu-lhe ela, apontando com um croquete para o casal de noivos em miniatura que ornamentava o cimo do grande bolo ao centro da mesa. Claramente, a sorte não estava para aí virada. Mas a retórica humana não deve nem pode ser menosprezada. Muito menos a retórica masculina de um recém-casado algo renitente, ansioso por saborear um último acepipe da já saudosa vida de solteiro e a primeira de muitas pequenas infidelidades conjugais. Ela fez-lhe sinal para a seguir até uma das casas de banho e lá foi, ajeitando o decote generoso com um sorriso indecifrável. Ele esperou, mastigou uma chamuça, certificou-se de que a legítima, já quase inconsciente, continuava ao canto com a garrafa de champanhe e as amigas e seguiu a que era, duplamente, a “outra.” A casa de banho estava deserta. Entrou e trancou a porta por dentro. A luz ténue criava ambiente. Ela, de costas para a porta, olhava-se no espelho. — Então? — disse ele com impaciência. — Então? — repetiu ela, voltando-se. Tinha as mamas expostas num sinal de arrojo que muito o entusiasmou. Já as tinha visto muitas vezes mas era sempre uma emoção comparável à da primeira. Se fosse necessário classficá-las por tamanho, estariam mais para o grande do que para o pequeno mas sem exageros. Tinha mamilos rosados e espetados na sua direcção. Talvez pelo frio. Talvez por outra coisa qualquer. — Continuam lindas, — cumprimentou ele com sinceridade. — Não tinha muitas esperanças de as voltar a ver. Pensei que tivesses ficado magoada com isto do casamento. Ela não disse nada. Limitou-se a arquear-lhe uma sobrancelha e a sorrir com um canto da boca. Ele prosseguiu. — Posso? — Força, — foi a resposta. Colocou as mãos abertas sobre cada uma e apertou muito ligeiramente. — Que maravilha. — Sentia-lhe uma humidade invulgar na pele. — Puseste creme? — Creme? Não, — disse ela, mostrando-lhe o tubo de cola. Lá fora, ouviu-se saltar a rolha de mais uma garrafa. A diversão ainda agora tinha começado. |
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Proposta de lei |
[jan. 1-a, 2006|07:34 pm] |
[ | Nuna humoro |
| | cold | ] |
Devia haver testes obrigatórios de compatibilidade estética antes de ser permitido um casamento ou união de facto. Porque o tal de "amor" justifica muito mas há coisas mais importantes. |
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Ironia nocturna |
[dec. 29-a, 2005|02:19 am] |
[ | Nuna humoro |
| | quixotic | ] | Há alguém que, de há umas semanas para cá, me dá toques de telemóvel a meio da noite. Costumam ser dois de cada vez. Já têm sido mais. Também passa dias sem dar sinais de vida mas lá acaba por voltar sempre à carga. Se fosse eu a levar a cabo esta perigosíssima tortura psicológica, a pior coisa que me poderiam acontecer é o que acontece neste caso particular. Ou seja, os toques chegam sempre a horas tão tardias que estou a dormir e não os ouço. Se me estás a ler, caro telefonador anónimo, peço-te que não guardes os teus esforços para tão tarde. Estás a gastar energia desnecessariamente naquilo que podia ser uma relação telefonador anónimo->telefonado perfeitamente saudável e prazenteira. Tenta ligar-me só quando estiver a tomar banho ou quando estiver a transportar grandes panelões cheios de água a ferver (não digo porque o faço... é cá comigo). |
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Sugestões de cinema |
[dec. 19-a, 2005|02:07 pm] |
[ | Nuna humoro |
| | blank | ] | 1-As crianças devem ter acesso ao cinema desde tenra idade. No entanto, levar uma criança ao cinema que passa o filme todo a comentar em voz alta o que se passa não é motivo de orgulho paterno. Mais ninguém vai pensar que o seu rebento é "engraçadinho" e "muito esperto." O mais provável é que lhe fiquem com um ódio de morte e abdiquem imediatamente de todos os planos de paternidade futura, contribuindo ainda mais para a diminuição da taxa de natalidade.
2-Devia haver legislação apropriada que obrigasse os adolescentes a ir sozinhos ao cinema ou, quando tal fosse impossível, a sentar-se em cadeiras isoladas, longe dos respectivos acompanhantes. Todos passámos por isso e sabemos que é uma idade estúpida e que essa estupidez se atenua com o tempo em 70% dos casos mas há que zelar pela paz e pela concórdia.
3-Quando se esquece de desligar o telemóvel e este toca durante o filme (pode acontecer a qualquer um), a atitude correcta é desligá-lo de imediato e não atender, dizendo: "Olá. Estou no cinema. Agora não posso falar. Ligo-te mais tarde. Xau."
4-Ainda que esteja escuro e possam ser difíceis de ver, é normal que haja mais pessoas na sala. Como tal, não é apropriado comentar em voz alta circunstâncias do filme ou da vida com o acompanhante. A sala de cinema não é a sua sala de estar nem uma pastelaria.
5-Os sussurros permitem dizer qualquer coisa urgente e/ou breve ao acompanhante sem causar grande incómodo. Um sussuro contínuo durante duas horas é, no mínimo, desagradável.
6-À porta de muitas salas de cinema, existe a possibilidade de comprar pipocas, refrigerantes e outros produtos comestíveis. É perfeitamente legítimo que haja vontade de comer ou beber durante o filme. Mas os "petiscos" devem ser mantidos ou no respectivo contentor ou na boca (transição pacote-boca através da mão devidamente prevista). Outras localizações (a cabeça do espectador na cadeira da frente, por exemplo) não são aceitáveis.
7-Ninguém questiona os seus dotes cómicos e/ou poder de observação. Posto isto, recomenda-se guardar quaisquer performances artísticas ou constatações repentinas para locais onde o público não seja involuntário. Exemplo: Durante o filme "King Kong," não é adequado gritar "CA GANDA MACACO! FOSGA-SE!" A maior parte dos espectadores presentes já sabe que o filme é sobre um macaco grande e não precisa de explicações adicionais.
8-Normalmente, as salas de cinema exibem os filmes a horas pré-determinadas. Não existem normas de etiqueta rígidas relativas à entrada na sala mas é necessário que prevaleça o bom senso. Se uma determinada sessão está marcada para as 16 horas (e salvo atrasos acidentais do espectador), deve haver um esforço para entrar na sala por volta dessa hora. Note-se a utilização da expressão "por volta dessa hora," levando já em conta a habitual aversão portuguesa à pontualidade. Ou seja, se o filme começa às 16 e já são 16 e 10, comentários como "Não entres já. Ainda devem estar a passar anúncios e temos tempo de ir ali beber uma bejeca." são dispensáveis. É verdade que muitos filmes começam de maneira lenta e até algo aborrecida mas pode haver espectadores "esquisitinhos" que dêem importância a essas mariquices. |
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Festas Felizes |
[dec. 7-a, 2005|11:24 am] |
[ | Nuna humoro |
| | distressed | ] |
String up the lights and light up the tree We're going to make some revelry Spirits are high, so I can tell It's Christmas time in hell!
Demons are nicer as you pass them by There's lots of demon toys to buy The snow is falling and all is well It's Christmas time in hell!
There goes Jeffrey Dahmer, With a festive Christmas ham After he has sex with it, He'll eat up all he can.
And there goes John F. Kennedy Caroling with his son Reunited for the holidays God bless us, everyone!
Everybody has a happy glow Let's dance in blood and pretend its snow Even Mao Tse-Tung is under the spell It's Christmas time in hell!
God cast me down from Heaven's door To rule in hell for evermore But now I'm kinda glad that I fell 'Cause It's Christmas time in hell!
Here's a rack to hang the stockings on We still have to shop for Genghis Kahn! Michael Landon's hair looks swell! It's Christmas time in hell!
There's Princess Diana Holding burning mistletoe Over poor Gene Siskel's head Just watch his weenie grow!
For one day we all stop burning And the flames are not so thick All the screaming and the torture stops As we wait for old Saint Nick!
So string up the lights and light up the tree We're damned for all eternity But for just one day all is well It's Christmas time in hell!
South Park-Bigger, Longer and Uncut |
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Hoje foi um grande dia |
[dec. 5-a, 2005|03:14 pm] |
[ | Nuna humoro |
| | ecstatic | ] | O Cláudio Ramos chamou-me cobarde na televisão. YES!!! |
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O regresso dos heróis |
[dec. 4-a, 2005|02:08 pm] |
Salomão, Vitório e Abdelaziz regressaram a Buenos Aires numa manhã fria de nevoeiro. A cidade dormia ainda, com a habitual excepção das prostitutas, vagabundos e dos pastores de guanacos que, nos últimos anos, tinham multiplicado várias vezes os seus números. -Está frio-disse Vitório. Os outros não responderam e continuaram a andar. O caixão de José Armando estava cada vez mais pesado. Ninguém acreditara realmente na história que o agora defunto contava, segundo a qual os membros da sua família se iam transformando gradualmente em prata maciça após a morte. Mas fora precisamente por isso que o tinham desenterrado e agora o carregavam às costas para Buenos Aires, cidade onde a cotação da prata estava sempre em alta. Já faltava pouco para o objectivo estar atingido. Mais alguns metros e José Armando seria convertido num saco de lona recheado de pesos. Pelo caminho, tinham discutido o que fazer com a fortuna e cada um tinha planos mais grandiosos e nobres do que o outro. Apesar disso, no entanto, acabariam por gastar tudo em putas, poker e espumante francês da Patagónia numa única noite. É assim a vida.
PS-Alguém deixou aqui um comentário a pedir-me para voltar. Não sei quem foi porque o comentário era anónimo. Mas a culpa disto foi tua. Espero que não tenhas remorsos. |
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Porque o Benfica é o clube mais português de Portugal |
[maj. 10-a, 2005|02:23 pm] |
[ | Nuna humoro |
| | calm | ] |
[ | Nuna muziko |
| | Conversas familiares ao telefone | ] |
Não, isto não vai ser um devaneio clubista. Dêem-me o benefício da dúvida e leiam até ao fim. Parece que o campeonato vai acabar outra vez em riscas (resta saber se horizontais ou verticais) e isso dá tempo ao sofredor futeboleiro encarniçado de pensar noutras coisas mais profundas e menos relacionadas com resultados e golos e foras de jogo e penalties. Na reflexão de hoje, apercebi-me de que não há equipa de futebol em Portugal que consiga reproduzir a alma do país de forma tão fiel como o Benfica. Antes que me comecem a atirar objectos contundentes, passo a explicar. O Porto é sempre o maior, aconteça o que acontecer. Para o torcedor portista, o Porto é o maior agora que ganha campeonatos e competições europeias aos molhos mas também o era quando andava no meio da tabela e era goleado em casa pelo Barreirense e pela Académica. Os resultados desportivos reais não têm qualquer relação com o sentimento dos adeptos. Depois, temos o Sporting. Ora o Sporting é a equipa mais realista das três que conseguem provocar discussões de café (não tenho nada contra as outras equipas mas duvido que haja muitas pastelarias e snack-bares pelo país que tenham noites animadas por discussões entre adeptos do Portimonense e do Desportivo de Chaves). Quando o Sporting joga bem e ganha, não há como o adepto sportinguista para se orgulhar da sua equipa. Quando o Sporting joga mal e perde, são os sportinguistas os primeiros a reconhecê-lo. O Benfica, para o melhor e para o pior, é diferente. Se a equipa ganha, o Benfica é a maior e a melhor equipa do mundo. Do mundo? Não. Do universo! Até que alguém se lembre de dizer que podem ter ganho mas não jogaram como uma equipa como o Benfica devia jogar. E se não jogaram, só pode haver uma explicação: não prestam. São uns inúteis, uns imbecis, uns imprestáveis, são a pior equipa do mundo e alguém havia de ter mão neles e pô-los na linha e isto só lá vai com um Salazar em cada esquina ou mesmo dois. E, se perde, é a depressão. Mesmo que perca por poucos. Mesmo que não perca mas haja uma remota hipótese de que isso possa acontecer. Mesmo que não tenha perdido mas quase. Mesmo que tenha ganho mas a possibilidade da derrota esteve sempre presente! É o fim! É o fim! DEUS NOS AJUDE! VAMOS DESCER DE DIVISÃO!
Digam-me lá se é possível ser-se mais português do que isto. |
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Ora bem... |
[maj. 5-a, 2005|02:11 pm] |
[ | Nuna humoro |
| | confused | ] |
[ | Nuna muziko |
| | Os passos lentos do vizinho esquisito do andar ao lado. | ] | Com o tempo, fui-me habituando a lidar com a rejeição e com pessoas que acham que o nosso rico trabalhinho, que tanto nos custou a fazer, não é tão bom como poderia ser (podendo ter razão ou não). Mas, quando uma editora devolve um manuscrito com burriés colados nas páginas, o que quererá dizer? |
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As minhas pessoas preferidas-Fascículo 1 |
[maj. 1-a, 2005|01:14 pm] |
[ | Nuna humoro |
| | lethargic | ] |
[ | Nuna muziko |
| | Mascação de pastilha elástica | ] | O Maior
Hoje, apetece-me mostrar uma das minhas pessoas preferidas. Um dos poucos pugilistas com cérebro da história do desporto e um exemplo para toda a gente que tem objectivos e se esforça por lá chegar.
Pérolas:
"I am the greatest, I said that even before I knew I was."
"I figured that if I said it enough, I would convince the world that I really was the greatest. "
"I hated every minute of training, but I said, ''Don't quit. Suffer now and live the rest of your life as a champion.''"
"I wish people would love everybody else the way they love me. It would be a better world."
"I'm so fast that last night I turned off the light switch in my hotel room and was in bed before the room was dark."
"If they can make penicillin out of mouldy bread, they can sure make something out of you."
"It isn't the mountains ahead to climb that wear you out; it's the pebble in your shoe."
"It's not bragging if you can back it up."
"It's the repetition of affirmations that leads to belief. And once that belief becomes a deep conviction, things begin to happen."
"If you even dream of beating me you'd better wake up and apologize."
"Life is a gamble. You can get hurt, but people die in plane crashes, lose their arms and legs in car accidents; people die every day. Same with fighters: some die, some get hurt, some go on. You just don't let yourself believe it will happen to you."
"Only a man who knows what it is like to be defeated can reach down to the bottom of his soul and come up with the extra ounce of power it takes to win when the match is even."
"Silence is golden when you can't think of a good answer."
"Service to others is the rent you pay for your room here on earth."
"The man who views the world at 50 the same as he did at 20 has wasted 30 years of his life."
"There are more pleasant things to do than beat up people."
"When you are as great as I am it is hard to be humble."
"Boxing is a lot of white men watching two black men beat each other up."
"It's just a job. Grass grows, birds fly, waves pound the sand. I just beat people up."
"Hating people because of their color is wrong. And it doesn't matter which color does the hating. It's just plain wrong."
"My way of joking is to tell the truth. That's the funniest joke in the world."
"I know where I'm going and I know the truth, and I don't have to be what you want me to be. I'm free to be what I want."
"Float like a butterfly. Sting like a bee. Your hands can't hit what your eyes can't see."
"Fifteen referees. I want fifteen referees to be at this fight because there ain't no one man who can keep up with the pace I'm gonna set except me. There's not a man alive who can whup me. I'm too fast. I'm too smart. I'm too pretty. I should be a postage stamp. That's the only way I'll ever get licked."
"I don't always know what I'm talking about, but I know I'm right."
"I say get an education. Become an electrician, a mechanic, a doctor, a lawyer— anything but a fighter. In this trade, it's the managers that make the money and last the longest."
"I am America. I am the part you won't recognize. But get used to me. Black, confident, cocky; my name, not yours; my religion, not yours; my goals, my own; get used to me."
Muhammad Ali |
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Lugar ao rancor |
[apr. 29-a, 2005|05:19 pm] |
[ | Nuna humoro |
| | infuriated | ] |
[ | Nuna muziko |
| | Um anão a ser triturado para recheio de rissóis. | ] | Ontem vi um cartaz a anunciar um concerto do Rufus Wainwright. Nunca o tinha visto. As pessoas não deviam ter mais do que um talento. Quem escreve bem não devia ser bom na cozinha. Quem desenha devia ser uma merda na cama. Quem canta bem devia ter cara de tremoço ressequido, acne e pouco cabelo.
O mundo não é justo. |
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Isto dá cabo dum gajo! |
[apr. 27-a, 2005|02:30 am] |
[ | Nuna humoro |
| | cynical | ] |
[ | Nuna muziko |
| | O zumbido do computador. | ] |
É perigosa esta coisa do Livejoão. Faz-nos pensar que temos alguma coisa a dizer e que alguém se importa com isso. |
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[apr. 20-a, 2005|07:12 pm] |
[ | Nuna humoro |
| | blah | ] |
[ | Nuna muziko |
| | Uma carrinha de entrega de pão a travar na rua. | ] |
Descobri que sou uma pessoa superficial. Desde que me lembro, sempre avaliei as pessoas pela primeira impressão e pelo que acho que consigo adivinhar a partir das caras que têm. Sei que isto não é uma coisa agradável e não me orgulho nada de ser assim. O que me vai safando é que não me apego às primeiras impressões e não tenho problema nenhum em renegá-las mais tarde e admitir (sempre para mim porque não partilho esta mania com quase ninguém-não sou nenhuma comadre!) que estava enganado. O que me preocupa mais é a quantidade de vezes que acerto. Não tenho uma lista das vezes que a primeira impressão me enganou mas é coisa para uns seis ou sete nomes entre toda a gente que me entra e sai na vidinha quotidiana. Será que tenho um dom? Ou é sorte? Ou tenho a particularidade de só conhecer pessoas de feições transparentes? E nem me limito a fazer isto com as pessoas que conheço. Faço o mesmo aos desconhecidos que passam por mim na rua. Convenço-me de que sei que tipo de pessoas são mesmo sem lhes ouvir a voz e vendo-os durante segundos. É horrível. Decidi que preciso de mudar. Não posso continuar a ser assim. Avaliar gente que não conhecemos, baseando-nos em impressões superficiais é muito feio. A não ser que sejam os outros a fazer-me o mesmo a mim e na condição de me imaginarem melhor do que sou. Aí já não há problema nenhum. |
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[apr. 19-a, 2005|05:10 am] |
[ | Nuna humoro |
| | busy | ] |
[ | Nuna muziko |
| | Silêncio em Si Bemol | ] | Acabo de perceber a verdadeira dimensão do Catolicismo no mundo. É uma religião que consegue pôr cadeias de televisão a transmitir e milhões de pessoas a ver imagens de uma chaminé.
Ainda a propósito do mesmo assunto, a RTP conseguiu revelar indícios de actividade cerebral (talvez devido à greve), transmitindo o único filme decente (que me lembre) sobre Papas e Vaticanices.
Mas amanhã põem a Fátima Campos Ferreira a falar de educação e dão cabo da ilusão de competência. Enfim... |
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[apr. 18-a, 2005|12:34 am] |
[ | Nuna humoro |
| | bored | ] |
[ | Nuna muziko |
| | Um vizinho a ressonar muito alto. | ] |
Descobri hoje que qualquer homem baptizado pode (em teoria) ser eleito Papa. De então para cá, não tenho conseguido tirar isto da cabeça. Eu dava um Papa tão bom. Seria mediático q.b., bem-disposto, poliglota (esforçar-me-ia a sério para aprender as línguas e não me limitaria a ler de um papel como fazem muitos), amigo das crianças e dos animais, amigo do seu amigo, reformador e conservador ao mesmo tempo. Um Papa com H grande. E que bem ficaria a acenar às pessoas atrás do vidro à prova de bala do papamóvel.
Agora, só preciso de arranjar maneira de convencer os cardeais a votar em mim. Parto amanhã para o Vaticano. Levo um molho de panfletos debaixo do braço e uns pacotes de bolacha Maria para suborno. Desejem-me sorte, gentes de todo o Portugal e territórios adjacentes. |
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