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Que faz a Europa?

Menos congestionamentos

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Graphic elementFactos

Menos congestionamentosSe não alteramos, de forma radical, o nosso modo de nos deslocarmos, os congestionamentos nas estradas provocarão uma verdadeira asfixia durante a próxima década. Pensemos no assunto.
Na União Europeia, entre 1980 e 1997, o parque de automóveis particulares passou de 100 a 170 milhões de veículos, com um aumento do tráfego (calculado em passageiros-quilómetros) de 62%. Simultaneamente, a percentagem reservada aos outros modos de transporte tornava-se cada vez mais reduzida: 6% para os caminhos-de-ferro e 8% para os autocarros.
No que diz respeito aos camiões e outros veículos utilitários, desenha-se uma tendência semelhante dado que, durante o mesmo período de tempo, o seu número passou de 10 para 19 milhões.
Devido ao aumento do tráfego (2% por ano), os congestionamentos tornam-se diários. Dia a dia, estes engarrafamentos formam uma espécie de longa fila que se estenderia por não menos de 4 000 quilómetros de auto-estradas. Nas cidades (onde vive 80% da população europeia), a situação tornou-se insuportável: circulação com paragens constantes, atentados contra o ambiente, perigos para a saúde…
Se tomarmos em consideração os custos directos e derivados (acidentes, poluição, etc.) destes engarrafamentos, a factura é enorme: 250 mil milhões de euros, ou seja 4% da produção total da economia da União Europeia.

 

Graphic elementAcção

Face a este problema, a União Europeia considera prioritária a promoção da intermodalidade, ou seja, a criação de complementaridades entre os diferentes modos de transporte de passageiros e de mercadorias.
O Conselho adoptou, em 14 de Fevereiro de 2000, uma resolução importante a favor da intermodalidade, insistindo nomeadamente no papel importante da investigação europeia na proposta de soluções inovadoras.
Os projectos desenvolvidos actualmente seguem diversas pistas. Contribuem, em primeiro lugar, para a utilização das novas tecnologias da comunicação na gestão em linha do tráfego, em proveito dos condutores, dos operadores ou das instâncias de decisão. Propõem-se, em segundo lugar, promover outros modos de deslocação, como os transportes em comum, a bicicleta ou a marcha. Por último, projectos de investigação europeia, em matéria de transporte de mercadorias, visam alargar a utilização dos caminhos-de-ferro, a fim de aliviar a carga dos transportes rodoviários. Fazendo nomeadamente uma análise das fraquezas que desfavorecem os caminhos-de-ferro, como por exemplo, no que diz respeito aos terminais.

Cidades mais fluidas
Como aumentar a fluidez da circulação na cidade? Como convencer os habitantes a renunciar ao seu automóvel privado e a privilegiar os transportes públicos? As estratégias dependem fortemente das realidades locais e dos grupos de pessoas em causa. O projecto PRIVILEGE, coordenado por The MVA Consultancy (Reino Unido), definiu um conjunto de medidas possíveis. A sua originalidade: o facto de se basearem nas necessidades específicas de diferentes categorias de utilizadores.

Menos congestionamentos

Ao sabor da corrente
Em certos casos, o transporte urbano pode ser mais rápido por via fluvial. Foi o que demonstrou o projecto de investigação europeia CATRIV, desenvolvido em três grandes cidades europeias: Veneza, Amesterdão e Lisboa. A análise efectuada indicou que embarcações e cais modernos, dispostos ao longo dos rios e canais, podem constituir uma alternativa eficaz aos trajectos "terrestres" clássicos.

Informação em directo
O "Traffic Message Channel" (TMC) permite a qualquer condutor, em qualquer momento e onde quer que se encontre, obter as informações mais precisas (na sua língua) sobre a situação do tráfego: os engarrafamentos, as obras, os acidentes…
Este novo processo técnico poderá
ser acedido através de um autorádio ligado na frequência FM.

Menos congestionamentos

 
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