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    April 27

    Desequilíbrio no ecossitema:O sumiço das abelhas

       O alarmante declínio na população de abelhas no Estados Unidos e Europa representa um desastre ecológico potencial, uma catástrofe ambiental que provocaria um colapso na cadeia alimentar exterminando a humanidade. Quem e o quê está por trás desse flagrante abuso do ecossistema? Muitas pessoas não se dão conta do papel vital das abelhas na manutenção do equilíbrio do ecossistema. Segundo os especialistas, se as abelhas forem extintas, toda a humanidade pode perecer em apenas quatro anos.
      "Se as abelhas desaparecerem da face da Terra, o homem terá apenas mais quatro anos de existência. Sem abelhas não há polinização, não há reprodução da flora, sem flora não há animais, sem animais, não haverá raça humana" ― disse Albert Einstein.
       Notícias de que a população das abelhas está declinando à proporção de 80% em regiões dos Estados Unidos e Europa são um indício alarmante que demanda uma ação imediata das organização de preservação do meio ambiente. Essa tendência preocupante, de rápida extinção das abelhas, está sendo chamada de "colony collapse disorder" - "desordem-colapso das colônias", ou CCD.
    Reportagem da AFP informa: "O número de abelhas em parte da costa leste e no Texas tem caído a índices de 70%, enquanto na Califórnia esse decréscimo fica entre 30 e 60%". O apicultor (criador de abelhas) Gene Brandi, da California State Beekeeprs Association, disse no Congresso, recentemente, que aproximadamente 40% de duas mil colônias, atualmente, estão mortas, a maior mortalidade de abelhas de todos os tempos".
       As colônias de abelhas norte-americanas estão sofrendo esse impacto desde 1980 e os cientistas ainda não descobriram a razão do fenômeno. Alguns apontam toxinas e produtos químicos usados na agricultura; outros, acham que as plantas geneticamente modificadas afetaram o comportamento dos insetos.
       Na Alemanha, o declínio das abelhas é de 25 até 80% em algumas áreas. A situação se repete na Polônia, Suíça e Espanha. Estudos mostram que as abelhas não estão morrendo nas colméias; o que ocorre é que elas não conseguem retornar às colméias. Alguma coisa está fazendo com que as abelhas percam o rumo de casa, o senso de orientação. Por outro lado, as colônias não estão sendo atacadas por outros insetos, o que normalmente acontece quando as abelhas, naturalmente, morrem no inverno, o que sugere um tipo de envenenamento no ambiente.
       Em muitos casos os cientistas encontraram evidência de viroses raras nas poucas abelhas que sobrevivem em nas colméias. Algumas têm cinco ou seis infecções ao mesmo tempo e/ou estão infestadas por fungos, sinal de que o sistema imunológico dos insetos está seriamente abalado. Estudo da Universidade de Jena, realizado entre 2001 e 2004 mostrou que toxinas presentes em variantes de milho modificadas geneticamente para repelir insetos, quando combinadas com outros parasitas, resultaram em evidente declínio da população das abelhas. Esse milho pode "alterar o tecido dos intestinos das abelhas de modo que o órgão se torna susceptível a parasitoses" ― informou Hans-Hinrich Kaatz, professor da Universidade de Halle, Alemanha.

    TELEFONIA CELULAR

       Enquanto isso, outros pesquisadores alertam para as radiações emitidas por aparelhos de telefone celulares e outros dispositivos semelhantes. Estas radiações podem ser a resposta ao fenômeno mundial do declínio da população de abelhas. Os sinais das telecomunicações (sem fio) estariam, então, interferindo no sistema de navegação (senso de orientação) dos insetos, atrapalhando a localização das colméias e o processo de acasalamento.
       A desordem-colapso das colméias (Colony Collapse Disorder) ocorre quando os indivíduos subitamente desaparecem, ficando apenas as rainhas, ovos e umas poucas operárias. As abelhas desaparecidas nunca são encontradas. Por isso, acredita-se que estão morrendo longe de casa. Parasitas e outras abelhas geralmente consomem o mel e o pólen que ficam no local quando morre uma colméia. Isso não está acontecendo com as colméias estudadas.
       Na primeira semana de abril (2007), um dos maiores apicultores do Reino Unido, John Chapple, anunciou 23 de suas 40 colméias foram abandonadas. Outros criadores reportam a mesma situação. As implicações de uma expansão dessa desordem são alarmantes. Muitos dos campos agrícolas em todo o mundo dependem da polinização feita pelas abelhas. As teorias são muitas mas ninguém sabe, realmente, o quê está acontecendo. Um pesquisador alemão ressalta que as abelhas estão sumindo em áreas próximas aos fios de alta tensão. Na Landau University, dr. Jochen Kuhn afirma que as abelhas perdem a orientação quando se aproximam de aparelhos de telefonia celular.
       Os celulares já estão na mira dos acadêmicos há algum tempo e já existe um certo "folclore" sobre o assunto. As evidências dos "males do celular" parecem estar aumentando. Certos efeitos negativos, como incidência de câncer levam muitos anos para aparecer mas um estudo não oficial mostrou que que o uso dos aparelhos por mais de dez anos se relaciona com o surgimento de tumores no cérebro em 40% do usuários, no hemisfério que as pessoas costumam usar para falar ao telefone. As radiações seriam fatais para as células cerebrais e os jovens de hoje estariam sujeitos à senilidade precoce.
     
     Fontes
     
    O SUMIÇO DAS ABELHAS
    In RED ICE por Paul Joseph Watson
    tradução: Ligia Cabús
    publicado em 10/04/2007
     
    Telefonia Celular
    http://NEWS INDEPENDENT ― UK

    por Geoffrey Lean e Harriet Shawcross
    tradução: Ligia cabús
    publicado em 15/04/2007

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