O que é preservação criogênica?
A preservação criogênica é a prática de conservar corpos humanos em temperaturas extremamente baixas com a esperança de revivê-los no futuro. Uma pessoa preservada deste modo estaria em suspensão criogênica. Para entender a tecnologia por trás da preservação criogênica, pense nas histórias que ouviu sobre pessoas que caíram em lagos congelados e que ficaram submersas por até uma hora na água gelada antes de serem resgatadas. Aquelas que sobreviveram o fizeram porque a água gelada colocou seus corpos em um tipo de animação suspensa, diminuindo seus metabolismos e funções cerebrais a um ponto em que quase não necessitavam de oxigênio. A preservação criogênica é um pouco diferente. Antes de tudo, é ilegal fazer a suspensão criogênica em pessoas que ainda estão vivas. As pessoas que passam por este procedimentos devem antes ser consideradas legalmente mortas. Mas se estão mortas, como poderão reviver? De acordo com os cientistas que fazem a preservação criogênica, "legalmente morto" não é o mesmo que "totalmente morto". A morte total, dizem, é o ponto em que todas as funções cerebrais cessam como na morte cerebral. A morte legal ocorre quando o coração pára de bater, porém permanecem algumas funções das células cerebrais. A preservação criogênica preserva a função remanescente das células de modo que, teoricamente, a pessoa pode ser ressuscitada.
Como é feita a preservação criogênica?
Se você decidir ser colocado em suspensão criogênica, o que vai acontecer? Bom, primeiramente você deve se associar a uma instalação de preservação criogênica e pagar uma taxa anual (aproximadamente US$ 400 por ano). Então, quando seu coração parar de bater e você for declarado "legalmente morto", uma equipe de emergência entrará em ação. A equipe instalará um tratamento de suporte para manter o corpo vivo, fornecendo a você oxigênio suficiente para preservar uma função mínima até que você possa ser transportado para a instalação de suspensão. Seu corpo é embalado em gelo e é injetada heparina (um anticoagulante) para impedir que seu sangue coagule. Uma equipe médica aguarda a chegada de seu corpo na instalação de preservação criogênica.
Uma vez que você esteja na instalação de preservação criogênica, então tem início o "congelamento" real. As instalações de preservação criogênica não podem simplesmente colocar seus pacientes imersos em nitrogênio líquido, pois a água dentro de suas células congelaria. Quando a água congela, expande-se e isso faria com que as células simplesmente estourassem. A equipe de preservação criogênica deve, primeiramente, remover a água de suas células substituindo-a com uma mistura química à base de glicerina chamada de crioprotetor - um tipo de anticongelante. O objetivo é proteger os órgãos e tecidos da formação de cristais de gelo a temperaturas extremamente baixas. Este processo, chamado de vitrificação (resfriamento profundo sem congelamento), coloca as células em estado de animação suspensa.
Uma vez que a água de seu corpo é substituída pelo crioprotetor, seu corpo é resfriado em uma cama de gelo seco até que atinge -130ºC, completando o processo de vitrificação. O próximo passo é colocar seu corpo em um recipiente individual que então é colocado em um grande tanque de metal com nitrogênio líquido a uma temperatura de aproximadamente - 196ºC. Seu corpo é armazenado de cabeça para baixo, de modo que se houver um vazamento no tanque, seu cérebro continuará imerso no fluído refrigerante.
A preservação criogênica é cara, podendo custar aproximadamente R$ 320 mil. Mas para os futuristas mais econômicos, R$ 105 mil poderiam preservar somente o cérebro para sempre – uma opção chamada de neurosuspensão. Com sorte, para todos que se preservarem desta maneira, o avanço tecnológico oferecerá uma maneira para clonar ou regenerar o resto do corpo.
Se você optar pela suspensão criogênica, espere por companhia. Vários corpos e/ou cabeças são normalmente armazenados no mesmo tanque de nitrogênio.
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