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40:um potencial de açăo é uma alteraçăo rápida na polaridade da voltagem, de negativa para positiva e de volta para negativa. esse ciclo completo dura poucos milisegundos. cada ciclo — e, portanto, cada potencial de açăo, possui uma fase ascendente, uma fase descendente e, ainda, uma curva de voltagem inferior a do potencial de repouso de membrana (leia fases do potencial de açăo). em fibras musculares cardíacas especializadas, como por exemplo as células do marcapasso cardíaco, uma fase de platô, com voltagem intermediária, pode preceder a fase descendente.
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55:potenciais de açăo săo disparados quando uma despolarizaçăo inicial atinge o potencial limiar excitatório. esse potencial limiar varia, mas normalmente gira em torno de 15 milivolts acima do potencial de repouso de membrana da célula e ocorre quando a entrada de íons de sódio na célula excede a saída de íons de potássio. o influxo líquido de cargas positivas devido aos íons de sódio causa a despolarizaçăo da membrana, levando ŕ abertura de mais canais de sódio dependentes de voltagem. por esses canais passa uma grande corrente de entrada de sódio, que causa maior despolarizaçăo, criando um ciclo de realimentaçăo positiva (feedback positivo) que leva o potencial de membrana a um nível bastante despolarizado.
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63: a seta verde indica o potencial de repouso da célula e também o valor do potencial de equilíbrio para o potássio (ek). como o canal de k+ é o único aberto em voltagens tăo negativas, a célula permanecerá no potencial ek. note que um potencial de repouso estável será observado em qualquer voltagem na qual a soma i/v (linha verde) ultrapassa o ponto de corrente nula (eixo das abscissas) com um ângulo positivo, como na seta verde. consideremos: qualquer perturbaçăo do potencial de membrana na direçăo negativa resultará em um influxo de íons que despolarizará a célula de volta ao ponto de cruzamento, enquanto qualquer perturbaçăo do potencial de membrana celular na direçăo positiva resultará em um efluxo de íons que irá hiperpolarizar a célula de volta ao ponto inicial. portanto, qualquer perturbaçăo do potencial de membrana em torno de uma inclinaçăo positiva tenderá a retornar a voltagem ao ponto de cruzamento.
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69: a seta vermelha indica o potencial limiar. é a partir deste potencial que a corrente iônica passa a ter resultado líquido em direçăo ao interior da célula. note que este cruzamento se dá a uma corrente nula, mas exibe uma inclinaçăo negativa. qualquer voltagem menor que o limiar tende a fazer a célula retornar ao potencial de repouso e qualquer voltagem maior que o limiar faz com que a célula se despolarize. esta despolarizaçăo leva a um maior influxo de íons, desta forma a corrente de sódio se regenera. o ponto no qual a linha verde atinge seu valor mais negativo é o ponto no qual todos os canais de sódio estăo abertos. despolarizaçőes além desse ponto diminuem o influxo de sódio, conforme a força eletroquímica (driving force) diminui com a aproximaçăo do potencial de membrana do ena.
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81:íons de carga positiva, propagam-se perimembranalmente e bidirecionalmente de encontro ŕ negatividade (lei de coulomb). contudo, somente os íons que văo na direçăo imposta da propagaçăo criam um potencial de açăo nesta membrana, pois a membrana anterior está em período refratário; já a membrana posterior está em potencial de repouso de membrana, o que permite que nela haja o potencial de açăo. se houver estímulo artificial (um eletrodo) no meio de um axônio, o potencial se propagará bidirecionalmente, pois năo haverá períodos refratários impedindo-o. com a propagaçăo, a fase passiva perde parte de seus íons, o que acarreta uma menor energia. esta perda dá-se de dois modos: choques físicos dos íons com moléculas citoplasmáticas e saída dos íons para o meio extracelular por canais de vazamento de membrana. deste modo, quanto mais distantes os canais de sódio voltagem-dependentes estiverem, mais perda de energia ocorre.
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120- período refratário
121:tręs situaçőes possíveis para os canais de íon sódio voltagem-dependentes. o período refratário absoluto corresponde aos estados ativo e inativo. no período refratário relativo, alguns canais estăo em repouso ativável, enquanto no potencial de repouso de membrana, todos estăo.
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153:baixas concentraçőes extracelulares de potássio promovem uma hiperpolarizaçăo no potencial de repouso de membrana da célula, pois os canais repouso de potássio estăo sempre abertos. a hiperpolarizaçăo faz com que o limiar excitatório da célula aumente. portanto, serăo necessários estímulos muito grandes para a geraçăo do potencial de açăo. essa alteraçăo, no músculo cardíaco, leva a deficięncia na contratilidade.
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155:já o aumento da concentraçăo extracelular de potássio resulta na despolarizaçăo do potencial de membrana das células. essa despolarizaçăo abre canais de sódio voltagem dependentes, mas em quantidade insuficiente para gerar um potencial de açăo. os canais de sódio entăo entram em período refratário aumentando assim o potencial de repouso de membrana da célula. dessa forma há uma diminuiçăo gradativa do limiar excitatório da célula. ou seja, serăo necessários estímulos cada vez menores para gerar um potencial de açăo. isso pode causar danos cardíacos, neuromusculares e gastrintestinais. no coraçăo, pode levar a fibrilaçăo ventricular ou assistolia.
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